terça-feira, 26 de novembro de 2013

Consumo de nozes foi inversamente associado à mortalidade total e por causa específica, em artigo do NEJM

 Artigo publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM) relata que a frequência do consumo de nozes foi inversamente associada à mortalidade1 total e por causa específica, independentemente de outros fatores preditores de morte, em dois grandes grupos de enfermeiros e de outros profissionais de saúde2estudados.
1 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital.
2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar.
3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém.
4. Força física; robustez, vigor, energia.
Consumo de nozes foi inversamente associado à mortalidade total e por causa específica, em artigo do NEJM

O aumento do consumo de nozes tem sido associado ao risco reduzido de doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares1 e diabetes mellitus2 tipo 2. No entanto, a associação entre o consumo de nozes e a mortalidade3 permanece obscuro.

Examinou-se a associação entre o consumo de nozes e subsequente mortalidade3 total e por causa específica entre 76.464 mulheres do Nurses' Health Study (1980–2010) e 42.498 homens do Health Professionals Follow-up Study (1986–2010). Os participantes com histórico de câncer4, doença cardíaca ou acidente vascular cerebral5 foram excluídos. O consumo de nozes foi avaliado no início e atualizado a cada 2 a 4 anos.

Durante o seguimento, 16.200 mulheres e 11.229 homens morreram. O consumo de nozes foi inversamente associado à mortalidade3 total entre homens e mulheres, após o ajuste para outros fatores de risco conhecidos ou suspeitos. A taxa de riscos multivariados agrupados para morte entre os participantes que comeram em comparação com aqueles que não comeram era de 0,93 (intervalo de confiança [IC] 95%, 0,90-0,96) para o consumo de nozes por menos de uma vez por semana; 0,89 (IC 95%, 0,86 e 0,93) para uma vez por semana; 0,87 (IC 95%, 0,83-0,90) por duas a quatro vezes por semana; 0,85 (IC 95%, 0,79-0,91) por cinco ou seis vezes por semana e 0,80 (IC 95%, 0,73-0,86) para sete ou mais vezes por semana (p<0,001 para a tendência). Também foram observadas associações inversas significativas entre o consumo de nozes e de mortes devido ao câncer4, doenças cardíacas e doenças respiratórias.

Concluiu-se que nos dois grandes grupos independentes estudados de enfermeiras e de outros profissionais de saúde6, a frequência do consumo de nozes foi inversamente associada à mortalidade3 total e por causa específica, independentemente de outros fatores preditores de morte. Em comparação com os participantes que não comem nozes, aqueles que consumiram nozes sete ou mais vezes por semana tiveram uma taxa de mortalidade3 20% mais baixa. Foram observadas associações inversas para a maioria das principais causas de morte, incluindo doenças cardíacas, câncer4 e doenças respiratórias. Os resultados foram similares para o consumo de amendoins e nozes e a associação inversa persistiu em todos os subgrupos.

Fonte: The New England Journal of Medicine (NEJM), volume 369, número21, de 21 de novembro de 2013

NEWS.MED.BR, 2013. Consumo de nozes foi inversamente associado à mortalidade total e por causa específica, em artigo do NEJM. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/509639/consumo-de-nozes-foi-inversamente-associado-a-mortalidade-total-e-por-causa-especifica-em-artigo-do-nejm.htm>. Acesso em: 17 dez. 2013.